Buscando compreender o profissional de enfermagem que cuida de crianças portadoras de neoplasia
um estudo fenomenológico
Resumo
Em 2005, o câncer pediátrico foi considerado a segunda causa de morte no Brasil, sendo classificado em várias categorias. As inovações tecnológicas e farmacológicas que surgiam propiciaram cada vez mais, um suporte contra as doenças neoplásicas, gerando uma sobrevida de crianças com câncer, pela utilização de novas modalidades hemoterápicas, dos transplantes de medula óssea, cuidado especializado e nutrição adequada. O profissional de enfermagem que vivencia o cuidado com crianças portadoras de neoplasia, lida com questões de seu exercício profissional e fatores emocionais impactantes quando se depara com o limite a vida e morte destes pacientes. O artigo trata de um estudo fenomenológico, que teve como objetivo compreender o significado de cuidar de crianças portadoras de neoplasia para o profissional de enfermagem. Estudo qualitativo e descritivo, realizado por meio de 14 entrevistas com profissionais de enfermagem da unidade pediátrica de um hospital universitário no Rio de Janeiro, respeitando os princípios éticos da pesquisa científica. Foram encontradas cinco unidades de significação sendo analisada pelo pensamento do filósofo Martin Heidegger. Os resultados revelam que o profissional de enfermagem ao cuidar de crianças portadoras de neoplasia se anuncia como um ser “com”, regido pela solicitude, preocupação, paciência, amor e dedicação. Os profissionais relataram especificidades em seus cuidados, compreendendo que estas crianças muitas vezes se deparam com a morte. Portanto, o cuidado de enfermagem deve ser realizado de forma responsável, ético, humanizado e científico, ressaltando o desempenho pautado na ciência, na legislação e na segurança do paciente associados ao amor e empenho a profissão