A Conquista de Caiena – 1809

Retaliação, expansão territorial ou fixação de fronteiras?

  • Arno Wehling Doutor em História pela Universidade de São Paulo, livre docente em História Ibérica e pós-doutor em História nas Universidades do Porto e Portucalense. É professor titular aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Atualmente é professor titular da Universidade Gama Filho e professor visitante da Universidade de Lisboa, conselheiro do IPHAN/ Ministério da Cultura e presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. É também membro da Academia das Ciências de Lisboa, Academia Brasileira de Educação e de institutos históricos brasileiros e academias ibero-americanas de História.
Palavras-chave: Caiena, Política Externa, Príncipe Regente Dom João

Resumo

Este artigo investiga os objetivos e explicações que podem ser admitidos para a conquista de Caiena por tropas saídas do Pará, com apoio naval inglês, em janeiro de 1809. Pelo menos três opções, mais e menos verossímeis, colocam-se à mesa: uma retaliação aos franceses, praticamente a única viável; um objetivo geopolítico mais amplo, como incorporar a Guiana e torná-la plataforma de uma presença portuguesa no Norte da América do Sul e no Caribe; e um objetivo geopolítico mais restrito, o de fixar a fronteira pelo Oiapoque, garantindo um amplo território ao Norte de Macapá, aumentando assim as condições de segurança da bacia e da foz do Amazonas.

Publicado
2020-05-14