As “riquezas do mundo”

Cobiça e ciência nos jardins botânicos de Caiena e Belém do Pará (1790-1803)

  • Nívia Pombo Possui graduação em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1998) e mestrado em História Social pela Universidade Federal Fluminense (2002). Atuou como pesquisadora da revista Nossa História de 2003 a 2006 e na Revista de História da Biblioteca Nacional de 2007 a 2009. No momento, desenvolve projeto de Doutorado na Universidade Federal Fluminense.
Palavras-chave: Exploração científica, Contrabando, Jardins Botânicos de Belém do Pará e Caiena

Resumo

Inscrito nos planos reformistas da coroa portuguesa, o Jardim Botânico de Belém do Pará, criado em 1796, funcionaria como um entreposto de contrabando, agenciado pelo próprio Estado, de plantas e sementes vindas dos Jardins de Caiena. O motor da cobiça pelas plantas e sementes tinha como combustível a crença disseminada pela ilustração do poder da agricultura como instrumento de reerguimento econômico, por meio da diversificação da lavoura e ampliação da produção. Distante de motivações científicas, tinha como objetivo manter em tempos de crise os laços mercantilistas e reequilibrar a balança econômica do reino.

Publicado
2020-05-14