Poder naval e política externa do Império do Brasil no Rio da Prata (1822-1852)

Naval power and foreign policy of the Brazilian Empire in Rio da Prata (1822-1852)

  • Francisco Doratioto Professor no Departamento de História e no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade de Brasília, pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e membro correspondente do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil.
Palavras-chave: Guerra da Cisplatina, Marinha Imperial, Império do Brasil

Resumo

O artigo analisa a política do Império do Brasil no Rio da Prata, de 1822 a 1852, e como foi respaldada pela Marinha Imperial. É demonstrado que a Força Naval foi responsável pelo equilíbrio militar na Guerra da Cisplatina, que resultou na independência uruguaia, e que contribuiu para vitória sobre Oribe, no Uruguai (1851), e Rosas, na Argentina (1852). Consolidaram-se, então, como objetivos da política do Império no Rio da Prata a defesa das independências do Paraguai e do Uruguai e a contenção de eventual expansionismo por parte de Buenos Aires, que as ameaçaria bem como o Rio Grande do Sul. Essa política contava com a coordenação entre a ação diplomática e o poder militar, principalmente da Marinha que poderia bloquear Buenos Aires, único obstáculo potencial previsível à hegemonia do Império na região.

Publicado
2020-05-14