Atlantismo no Atlântico Sul
Comunidade de interesses e governança oceânica
Abstract
O objetivo deste artigo é analisar em que medida a
governança da bacia Sul Atlântica leva à construção de
uma comunidade transatlântica no Hemisfério Sul com
foco na economia e política marítima, bem como conceitos
jurisdicionais da governança no Atlântico Sul. Também
visa compreender como a configuração de estruturas
institucionais interferem nesse sistema e se configuram como
frágeis laços político-culturais e econômicos transatlânticos.
Embora no Atlântico Sul – diferentemente da Bacia do Norte
– não tenha sido construída uma poderosa rede de interesses
comuns, a expansão jurisdicional exige que Estados Costeiros
adotem políticas marítimas proporcionais à magnitude da
responsabilidade territorial adquirida, a qual a sub-bacia
americana (especificamente Brasil e Argentina) propugna
por uma posição de dominância ao sul do paralelo zero.