Global player ou espectador nas margens? a “responsabilidade de proteger”
definição e implicações para o Brasil
Abstract
À medida que o perfil do Brasil na política global se amplia, a política
externa e de segurança do país encontram novos desafios e debates que trazem
consigo a necessidade de interrogação sobre novos conceitos e de mapear
respostas a novos problemas e um arcabouço mais amplo de responsabilidades.
Uma das questões mais prementes é a da intervenção humanitária. Se o Brasil
deseja avançar com seriedade e eficácia um papel como “global player” assim
como de líder continental, deverá desenvolver uma resposta adequada à noção
emergente de uma “responsabilidade de proteger” e identificar concordâncias
e discordâncias entre este conceito e as suas prioridades internacionais. Esse
artigo procura proporcionar as bases analíticas para uma discussão frutífera
sobre o conceito no âmbito da comunidade brasileira de especialistas, com a
meta de desenvolver um debate acadêmico de alta relevância política.