Os efeitos do plano Colômbia noa países Sul-Americanos

O plano Colômbia como instrumento da política norteamericana para a América Latina e suas consequências

  • Marcio Rippel

Résumé

A Colômbia apresenta uma longa história de conflitos sociais e violência. O século XX testemunhou a disputa de dois grandes partidos políticos, o Liberal e o Conservador. Essa luta não ficou restrita às urnas e provocou inúmeros conflitos civis, assassinatos e perseguições políticas. Cerca de 200 mil pessoas foram mortas em decorrência dessa disputa (28). Na década de 60, apareceram grupos guerrilheiros de esquerda que tumultuaram ainda mais o cenário político colombiano. Durante a década de 70, surgiram organizações criminosas que transformaram a produção e a exportação de drogas ilícitas em um negócio altamente lucrativo. Essas organizações, conhecidas como “cartéis”, tinham nos Estados Unidos da América (EUA) seu principal mercado consumidor. Os guerrilheiros, que controlavam algumas áreas de produção de coca, passaram a extorquir dinheiro dos narcotraficantes, em troca de neutralidade e proteção. Posteriormente, os próprios guerrilheiros passaram a integrar o negócio da droga, assumindo tarefas na sua produção e transporte. A sinergia resultante dessa associação entre os grupos guerrilheiros e narcotraficantes teve como resultado o incremento da guerrilha, que passou a ameaçar seriamente o estado colombiano. Para por fim ao conflito interno, o governo colombiano idealizou o Plano Colômbia. Para sua implementação, seriam necessárias verbas vultosas, além das possibilidades colombianas. Os EUA responderam positivamente à necessidade colombiana, fazendo-se partícipes do plano.O presente trabalho se propõe a abordar o Plano Colômbia como instrumento da política estadunidense para a América Latina, o incremento da presença militar norte-americana nessa região, o transbordamento da violência, a questão dos refugiados e o perigo de o narcotráfico se intensificar nos países vizinhos à Colômbia.

Publiée
2023-08-31