Os rumos do ensino profissional para o oficialato da Marinha na Regência e os limites da teoriada “política de erradicação” das Forças Armadas

  • Carlos André Lopes da Silva Capitão de Corveta (T), mestre pelo Programa de Pós-Graduação de História Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro e especialista em História Militar Brasileira pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, sócio efetivo do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil e membro do Laboratório de Estudos dos Militares na Política. Atua como pesquisador da Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha há pouco mais de dez anos.
Palavras-chave: Ensino profissional militar, Academia dos Guardas-Marinha, Regência brasileira

Resumo

A formação profissional para os futuros oficiais das forças armadas em um mesmo estabelecimento de ensino já vem sendo discutida há algum tempo nos fóruns sobre políticas de defesa como meio de aumentar a interoperacionalidade das forças singulares e abrandar os custos crescentes da manutenção do aparato militar próximo ao estado da arte. Porém, a reunião de candidatos ao oficialato da Marinha e do Exército em uma mesma instituição de ensino já foi tentada logo no início do Período Regencial e mostrou resultados pouco satisfatórios, tanto para os representantes do Exército quanto para os da Marinha, que viram sua Academia já cinquentenária ser extinta por um breve período. Essa apressada “fusão” das academias militares, embora pareça se coadunar com uma compreensão geral da historiografia acerca da retração das forças armadas promovida pelos “liberais” da Regência, não levou a qualquer economia de recursos, mas aponta para um malsucedido experimento de aperfeiçoamento das instituições do Estado brasileiro.

Publicado
2020-06-09