Estudos estratégicos
uma abordagem sobre o arquétipo organizacional militar brasileiro e a relação civil-militar
Resumo
Neste artigo, busca-se responder à seguinte pergunta: o momento
constituinte (1985-1988) é central para o entendimento da
transformação do arquétipo 3 organizacional militar brasileiro e do
impacto desta transformação na relação civil-militar nacional? A
temática desenvolvida por Andreski (1968), na sua obra Military
Organization and Society; Huntington (1996), no clássico O
Soldado e o Estado; e, analisando o caso brasileiro, Stepan (1986),
no seu trabalho Os Militares: da Abertura à Nova República,
constitui interesse de estudo para os autores deste artigo, haja
vista conduzirem os debates sobre a relação civil-militar nacional,
permitindo-se a inserção de outras realidades num quadro
analítico maior. Discutir-se-á a hipótese de que o arquétipo
organizacional militar brasileiro, após 1988, é classificado, segundo
a nomenclatura utilizada por Andreski, como Mortazic, diferente
daquele classificado como Ritterian, atinente ao período histórico
anterior (1964 a 1985).