A formação do herói Tamandaré na Marinha do Brasil

uma breve análise teórica

  • Francisco Eduardo Alves de Almeida Capitão-de-Mar-e-Guerra, Historiador graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Membro e Instrutor do Centro de Estudos de Política e Estratégia da Escola de Guerra Naval e 2o Vice-Presidente do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil (IGHMB). Atualmente é aluno de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em História Comparada da UFRJ, tendo exercido o cargo de Diretor do Serviço de Documentação da Marinha entre 2005 e 2007.
Palavras-chave: Herói Naval, Tamandaré, Patrono da Marinha

Resumo

O herói é construído historicamente com um propósito determinado. A própria percepção do herói tem mudado ao longo da História. Desde Homero até o período contemporâneo, o herói vem desempenhando papéis sociais distintos. No século XX, o professor Sidney Hook estabeleceu dois tipos de heróis: o herói homem-momento e o herói homem-época. Na Marinha brasileira, Joaquim Marques Lisboa, o Marquês de Tamandaré, foi escolhido pelo Ministro da Marinha em 1925, Almirante Alexandrino de Alencar, para ser o Patrono da Marinha e passou a ser assim o principal herói naval brasileiro. O artigo aponta dez características que distinguiram Tamandaré como herói homem-época, tornando-o uma unanimidade no meio naval, assim como os motivos que levaram Alexandrino a escolhê-lo como patrono e herói.

Publicado
2020-05-11